28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC32f - Violências contra crianças e adolescentes |
26193 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ADOLESCENTES INSTITUCIONALIZADOS EM UM CENTRO DE INTERNAÇÃO PROVISÓRIA, MINAS GERAIS: ESTUDO EXPLORATÓRIO RENATA MARTINS ARMOND - UFMG, EFIGÊNIA FERREIRA E FERREIRA - UFMG, CARLOS JOSÉ DE PAULA SILVA - UFMG, ALINE ARAÚJO SAMPAIO - UFMG, FABIANA VARGAS-FERREIRA - UFMG, MIRIAM PIMENTA PARREIRA DO VALE - UFMG
Apresentação/Introdução Comportamentos antissociais em adolescentes são considerados um sério problema de saúde pública, interferindo na sociedade, impactando negativamente na qualidade de vida das pessoas e suas famílias. Além disso, há escassez de estudos tematizando o contexto social na ocorrência das condutas desviantes em adolescentes institucionalizados.
Objetivos Traçar perfil epidemiológico quanto a variáveis sociodemográficas e comportamentais de adolescentes do sexo masculino suspeitos de ato infracional, institucionalizados em um Centro de Internação Provisória em município do Sudeste do Brasil.
Metodologia Estudo transversal com 274 adolescentes, com idade entre 13 a 19 anos institucionalizados em um Centro de Internação Provisória, Minas Gerais. Os dados sociodemográficos do adolescente (idade e raça), comportamentais (uso e frequência de drogas, consumo de álcool, início do uso de drogas e álcool – idade) e tipo de infração cometida foram coletados dos prontuários. Da família, foram coletadas informações sobre uso de drogas e álcool. A autopercepção do adolescente pela experiência vivida foi coletada por entrevistas que abordavam abuso emocional, físico e sexual. Análise descritiva foi realizada por frequência absoluta e relativa. CAEE 65.399117.8.0000.5149 / 2017.
Resultados A média de idade dos adolescentes (+/-DP) foi de 14,5 (1,07). A maioria era de cor parda (77,3%). 44,4% já haviam consumido álcool e 85,6% experimentado drogas, com início aos 14 anos (24,9%), 86,8% relataram uso diário. 41,6% das famílias fazem uso de drogas e 20,8% de álcool. 41% deles relataram envolvimento com tráfico de drogas. Em relação a experiências familiares, 78,0% reportaram terem sido maltratados fisicamente de vez em quando e 14,3% a frequência era diária. 4,0% dos adolescentes relataram ter sofrido abuso emocional sempre e 0,37% sexual. Os tipos de ato infracional mais frequentes foram os seguintes: roubo (51,1%), tráfico de drogas (37,3%) e furto (3,08%).
Conclusões/Considerações O estudo apontou que os adolescentes com comportamentos antissociais apresentam contexto familiar negativo e isso poderia estar relacionado com as condutas desviantes. Este trabalho preliminar pode contribuir com informações para a elaboração de programas e projetos sociais voltados para o atendimento das demandas peculiares destes adolescentes, como também de suas famílias.
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