Comunicações Orais Curtas

28/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC32f - Violências contra crianças e adolescentes

23735 - CARACTERIZAÇÃO DO QUADRO DE VIOLÊNCIA INFANTIL NA BAHIA A PARTIR DOS CASOS NOTIFICADOS: UM RELATO DE PESQUISA.
IZABEL CRISTINA NEVES RAMOS - UNEB, THAÍS REGIS ARANHA ROSSI - UNEB


Apresentação/Introdução
A violência é um fenômeno sociohistório e uma da das principais causas de morte no Brasil. Mesmo quando não deixa marcas físicas, produz efeitos que acompanham o indivíduo durante toda a sua vida. É uma temática considerada relevante na área da saúde, porém aponta-se a necessidade de mais estudos específicos sobre a violência e, principalmente, sobre a violência infantil.


Objetivos
Analisar o quadro de violência infantil, na Bahia, durante os anos de 2006 a 2011.


Metodologia
Esse estudo utilizou os dados do Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA) conduzido na Bahia nos anos de 2006,2007,2009 e 2011, totalizando 200 casos notificados. Os dados de 2008 e dos últimos anos não estavam disponíveis e apenas a capital estava disponível.
O VIVA foi implantado no ano de 2006, pelo Ministério da Saúde. Divide-se em dois componentes: o contínuo, integrando o Sistema de Informação de Agravos de Notificação Compulsória e o inquérito, onde é realizado um estudo transversal, durante um período de 30 dias a cada 2 anos, em serviços sentinela de urgência e emergência selecionados.
O programa utilizado para as análises estatísticas foi o MiniTab18.


Resultados
De 2006 a 2011, foram notificados 200 casos de violência infantil em Salvador. Crianças de 10 a 19 anos foram as maiores vítimas, correspondendo a 88% dos casos, dos quais 73% das vítimas foram do sexo masculino. Pretos e pardos foram as maiores vítimas (78%), brancos e amarelos corresponderam a 7,5%. O provável autor da agressão foi classificado como conhecido/amigo em 43,5% dos casos. Em 30,5% dos casos o provável autor da agressão foi desconhecido. Familiares e companheiros(as)/Ex. foram os prováveis autores em 16% dos casos. Homens foram os prováveis autores da agressão em 72,5% dos casos. A via pública foi o local mais frequente de violência, com 58% dos casos notificados.


Conclusões/Considerações
Os achados são alarmantes e corroboram com os de outros estudos. É preciso que os profissionais percebam seu papel neste combate e a importância da notificação. O perfil das vítimas e dos prováveis agressores se relaciona com as opressões presentes na sociedade. Ressalta-se a importância de mais estudos e participação social nestas discussões, a fim de ampliar o debate e intensificar o combate às opressões e suas consequências.

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