28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC32f - Violências contra crianças e adolescentes |
22279 - INCIDÊNCIA DE CASOS DE VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇA E ADOLESCENTE NO MUNICÍPIO DE PIRACANJUBA - GOIAS MARIA DE FÁTIMA RODRIGUES - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE GOIÁS, NAZARETH ELIAS SILVA NASCIMENTO - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE GOIÁS
Apresentação/Introdução A violência contra crianças e adolescentes é um grave problema de saúde pública que apresenta altas taxas de morbimortalidade e inúmeros prejuízos no desenvolvimento dessa população diante das sequelas físicas e emocionais causadas, sobretudo pela violência intrafamiliar, o que traz um impacto ainda mais devastador, uma vez que o agressor é justamente quem deveria assegurar sua proteção.
Objetivos Descrever o perfil epidemiológico das violências perpetradas contra crianças e adolescentes no município de Piracanjuba (Goiás) visando subsidiar a tomada de decisão em políticas públicas com vistas a minimizar esta problemática.
Metodologia Estudo descritivo, de abordagem quantitativa, dos casos suspeitos e confirmados de violência doméstica, sexual e outras violências contra crianças e adolescentes, registrados no SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) pela Vigilância de Violência e Acidentes (VIVA) da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás. Os dados foram obtidos a partir das fichas de notificação de violência interpessoal/autoprovocada, notificadas no município de Piracanjuba (interior de Goiás) no período de 01 de janeiro de 2011 a 10 de outubro de 2017, em ambos os sexos na faixa etária de 0 a 19 anos de idade. Foi considerada a categoria crianças e adolescentes da OMS - Organização Mundial da Saúde.
Resultados Dos 314 casos de violência notificados que demandaram atendimento no serviço de saúde, em Piracanjuba, cerca de 40% foram contra crianças e adolescentes. Observou-se maior incidência de violência no sexo feminino (74%) e nas faixas de 15 a 19 anos (50%). A violência mais prevalente foi a física (75%), seguida da psicológica (15%). A maioria dos registros de violência ocorreu no ambiente doméstico (40%), praticada com preponderância por amigos e conhecidos (51%), pessoa com vínculo familiar e relação afetiva (32%) e por fim, desconhecido (11%). Quanto ao encaminhamento das crianças e adolescentes que tiveram seus direitos violados apenas 37% foram encaminhados ao Conselho Tutelar.
Conclusões/Considerações Os resultados deste estudo não representam a real incidência dos casos de violências perpetradas contra crianças e adolescentes no município estudado em virtude da subnotificação, entretanto podem apontar por onde iniciar intervenções que contribuam com a equipe local e subsidiar a implantação/implementação de políticas públicas que possam mitigar esta triste realidade de maus tratos contra a população infanto juvenil.
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