28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC32f - Violências contra crianças e adolescentes |
22265 - A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA CRIANÇA NO COTIDIANO DOS SERVIÇOS DE ATENÇÃO PRIMÁRIA DO INTERIOR PAULISTA DINAIR FERREIRA MACHADO - FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - FMB/UNESP, PATRICIA RODRIGUES SANINE - FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - FMB/UNESP, ADRIANO DIAS - FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - FMB/UNESP, CAROLINE ELIANE COUTO - FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - FMB/UNESP, CAROLINA SIQUEIRA MENDONÇA - FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - FMB/UNESP, JOSIANE FERNANDES LOSIGIA CARRAPATO - FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - FMB/UNESP, LUCEIME OLIVIA NUNES - FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - FMB/UNESP, THAIS FERNANDA TORTORELLI ZARILI - FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - FMB/UNESP, NÁDIA PLACIDELI - FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - FMB/UNESP, ELEN ROSE LODEIRO CASTANHEIRA - FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - FMB/UNESP
Apresentação/Introdução A violência doméstica contra criança é um grave problema de saúde pública, e, de acordo com Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança/PNAISC a atenção primaria à saúde se configura como lócus privilegiado para abordagem do problema, devido à proximidade e vínculo que este nível de atenção deve estabelecer com território e com as famílias.
Objetivos Avaliar as ações de saúde voltada às situações de violência doméstica contra criança, em serviços de APS, segundo os arranjos organizacionais Unidade de Saúde da Família ou Unidade Básica tradicional e outros tipos de arranjos.
Metodologia Pesquisa avaliativa, de corte transversal, realizada em serviços de APS de 40 municípios do interior paulista, no ano de 2014. Utilizou dados resultantes do questionário QualiAB, auto respondido via web, excluindo apenas aqueles que informaram não disponibilizar atenção à criança. Extraíram-se16 indicadores de processo, baseados nas normas e critérios dos documentos de organização da atenção às situações de violência contra criança na APS, analisando-os em relação ao tipo de serviço (Saúde da Família, Unidade Básica tradicional ou outros diferentes tipos de arranjo). Utilizou-se testes do Quiquadrado e Z para as comparações dos indicadores entre os tipos de serviço, considerando p≤0,05.
Resultados Responderam 151 serviços (53,8% do total de serviços), sendo: USF (62,3%), UBS (35,8%) e outros arranjos (2,0%). Apresentaram significância estatística como o tipo de serviço que mais disponibilizou ações educativas e de detecção, as USF seguidas das UBS (educação em instituição – 20,2% USF e 5,6%UBS; detecção: por identificação de queixa - 79,8%USF e 61,1%UBS; por discussão de caso – 46,8%USF e 16,7%UBS; por visita domiciliar – 61,7%USF e 18,5%UBS). Nas ações de encaminhamento ao CRAS/CREAS e acompanhamento intersetorial e com os pais, também, foram as USF que se destacaram (59,6%, 21,3% e 45,7%, respectivamente). Realizaram mais denúncia ao Disque 100, os “outros” serviços (33,3%).
Conclusões/Considerações Os serviços do tipo USF mostraram-se mais favoráveis ao enfrentamento das situações de violência contra a criança, ofertando maior diversidade de ações em maior número de serviços. Constatou-se que quanto mais próximo o serviço essa da estruturação proposta pelo Ministério da Saúde, maior a disponibilidade das práticas. Entretanto, há necessidade de ampliação das ações em todos os serviços, independentemente do arranjo organizacional.
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