Comunicações Orais Curtas

27/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC32c - Violência urbana

21681 - HISTÓRIAS DE VIDA DE VÍTIMAS DA VIOLÊNCIA URBANA: RESILIÊNCIA E PRODUÇÃO DE SENTIDO PARA VIVÊNCIAS (POTENCIALMENTE) TRAUMÁTICAS
KATERINE DA CRUZ LEAL SONODA - UNIFESSPA


Apresentação/Introdução
O medo de sofrer um crime violento não é novidade na cultura brasileira, mas se tornou rotineiro e mais intenso nas últimas décadas. Independente da natureza da experiência (potencialmente) traumática é preciso elaborar algum sentido para o que viveu. O processo interior de criação do relato autobiográfico possibilita este processo.


Objetivos
O objetivo foi apresentar as histórias de vida e investigar os mecanismos de reparação/ressignificação das experiências vividas por 13 vítimas indiretas da violência urbana no Distrito Federal.


Metodologia
O principal instrumento utilizado para obtenção de dados foi a entrevista aberta (em profundidade), para coleta de História de vida. As entrevistas ocorreram livremente. Foram treze participantes. Para análise dos dados utilizou-se a análise de conteúdo temática. Sobre a etapa de categorização, destacou-se um conjunto de oito instituições: família, igreja, trabalho, apoio social, ativismo, psicoterapia, medicação (psicotrópica) e drogas ilícitas, todas associadas às principais possibilidades de enfrentamento - ou ressignificação - das experiências violentas que afetaram os participantes.


Resultados
A saída do luto foi relacionada com as instituições que ajudaram a “segurar a barra” de passar por experiências potencialmente traumáticas e teve relação também com o potencial de resiliência de cada sujeito. Os participantes que “ficaram bem” apresentam relações muito fortes e estáveis com as instituições tradicionais e seus projetos de futuro estão relacionados com estas. A família foi a principal instituição a quem os participantes recorreram. Para o grupo que “ficou mal”, a saúde foi bastante afetada e a ideação suicida foi comum em seus discursos, além de um sentimento de culpa constante. Foram participantes que desenvolveram mais sintomas psiquiátricos e não buscaram ajuda.


Conclusões/Considerações
Os processos de luto diante da perda de pessoas próximas por causas violentas foram bem sucedidos para a maior parte dos participantes. A análise conjunta dos dados, articulado com a literatura especializada, aponta que “ficar bem” ou “ficar mal” após sofrer experiências de perda extremamente dolorosas está diretamente relacionado com a saída ou elaboração (suficiente, precária ou inexistente) do trabalho de luto.

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