29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC32h - Violências nas escolas e estratégias de saúde na família |
26242 - ATENÇÃO ÀS MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: UM DEBATE NECESSÁRIO ANA OSMARINA QUARIGUASI MAGALHÃES FROTA - UFC, JÉSSICA ANDRESSA SOARES DE CARVALHO - EFSFVS, MARIA CLARICIANE CABRAL ALMEIDA - EFSFVS, MARGARIDA ANGÉLICA DE FREITAS - ESFVS
Apresentação/Introdução A cada cinco anos a mulher perde um ano de vida saudável se sofre violência doméstica, que desde 2006 é considerada pelo Ministério da Saúde como um dos problemas de saúde pública. Na Estratégia Saúde da Família (ESF), as ações de promoção da saúde possibilitam estreitar o vínculo entre profissional e paciente, o que auxilia na identificação precoce da violência doméstica sofrida pelas mulheres.
Objetivos Discutir e provocar reflexões com os profissionais que atuam na ESF e as participantes de um grupo de convivência e práticas corporais, acerca da violência doméstica contra a mulher. E reorganizar, no CSF, o fluxo de atendimento às vítimas.
Metodologia Estudo realizado por meio do método descritivo com análise qualitativa. Aconteceu nos meses de outubro a dezembro de 2016, no município de Sobral-CE, em um Centro de Saúde da Família (CSF). Os participantes foram os profissionais do CSF e as mulheres de um grupo de convivência e práticas corporais. Foram realizadas cinco oficinas, as duas primeiras com os profissionais do CSF. As demais com as participantes do grupo, objetivando sensibilizá-las sobre a temática da violência doméstica contra a mulher, utilizou-se como referência a educação popular, que possibilita um momento de diálogo relacionando com a realidade local. Empregou-se a análise temática na análise das informações.
Resultados Nas duas primeiras oficinas com os profissionais questionou-se sobre suas condutas no atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica. Na segunda oficina foi construído um fluxograma. Com as mulheres do grupo, o tema a violência foi discutido a partir de atividades dinâmicas. Percebeu-se que os profissionais e as participantes do grupo tem consciência das consequências que a violência doméstica provoca nas mulheres, mas que ainda é algo naturalizado e justificado. Dessa forma provocaram-se reflexões e inquietações sobre a temática. A produção do fluxograma possibilitou a reorganização da atenção às mulheres vítimas de violência doméstica no CSF onde a atividade foi realizada.
Conclusões/Considerações A execução das oficinas possibilitaram aos participantes momentos de diálogo, com trocas de conhecimentos, discussão de casos e a proposição de soluções e melhorias para o acesso à saúde das vítimas de violência doméstica. Compreendendo, assim, a importância de criar novos instrumentos e ferramentas para se organizar a saúde e que possam dar maior resolubilidade aos casos de violência doméstica contra a mulher.
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