29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC32h - Violências nas escolas e estratégias de saúde na família |
23748 - PREVALÊNCIA DE EXPERIÊNCIAS ADVERSAS NA INFÂNCIA ENTRE ADOLESCENTES ESCOLARES DA IX REGIÃO ADMINISTRATIVA MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO LUCIANE STOCHERO - UERJ, DANIELA PORTO FAUS - UERJ, ERIKA SANTOS - UERJ, EMANUELE SOUZA MARQUES - UERJ, MICHAEL EDUARDO REICHENHEIM - UERJ, STELLA TAQUETTE - UERJ, LUCIANA BORGES - UERJ, CLAUDIA LEITE DE MORAES - UERJ
Apresentação/Introdução As Experiências Adversas na Infância são eventos potencialmente traumáticos que o indivíduo pode experimentar, tais como: violências, negligência, ambiente familiar disfuncional e morte de genitores. O estresse profundo e frequente, associado a estas experiências, pode impactar de forma direta o desenvolvimento cerebral, além de estar associado à adoção de comportamentos de risco e problemas de saúde física e mental.
Objetivos Investigar a prevalência de Experiências Adversas na Infância em adolescentes escolares em uma Região Administrativa (RA) do Município do Rio de Janeiro na amostra total e em subgrupos de acordo com o sexo.
Metodologia Estudo seccional de base escolar (n=720). A seleção de participantes foi realizada através de amostragem complexa em escolas públicas e privadas IX RA do Município do Rio de Janeiro. Avaliou-se a violência familiar (VF) (física, sexual, emocional, negligências física e emocional) através da versão nacional (QUESI) do instrumento Childhood Trauma Questionnaire. Morte dos pais e exposição à violência comunitária letal foram avaliadas por perguntas diretas. Foram realizadas análises descritivas e testes qui-quadrados para estimar a prevalências das experiências e avaliar a heterogeneidade de proporções segundo sexo. As análises foram realizadas no software R.
Resultados Pouco mais da metade da amostra foi composta por adolescentes do sexo feminino (52,9%). A média de idade foi 17,3 (s.d.: 0,08) anos. Menos de 10,0% declarou não ter pai vivo ou presente e 3,0% declarou não ter mãe viva ou presente. 42,10% dos adolescentes já haviam visto o corpo de alguém assassinado, sendo os meninos os mais expostos (p<0,001). As prevalências das diferentes formas de VFI variaram de 11.07% a 79,33%, sendo os meninos as vítimas preferenciais de violência física (p=0,025), enquanto a violência emocional (p=0,009) e a sexual (p=0,010) foram mais relatadas por meninas. Não houve diferenças estatisticamente significativas para as prevalências de negligências entre os sexos.
Conclusões/Considerações A prevalência das diferentes formas de experiências adversas foi elevada nos adolescentes. Em função de suas consequências negativas para o pleno crescimento e desenvolvimento do indivíduo, portanto, deve-se buscar estratégias efetivas para a redução do problema. As diferentes prevalências encontradas entre meninos e meninas devem ser levadas em consideração ao planejar estas estratégias.
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