29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC32h - Violências nas escolas e estratégias de saúde na família |
22719 - VIOLÊNCIA E COMPORTAMENTOS DE RISCO EM ADOLESCENTES: A PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE DO ESCOLAR (PENSE), PARÁ, 2015 NAYARA MOTA DE JESUS - UNIFESSPA, JULIANA DOS SANTOS DA SILVA - UNIFESSPA, GISELE LIMA COELHO - UNIFESSPA, JANAINA SAMPAIO BATISTA - UNIFESSPA, JEANE DE MORAIS DOURADO - UNIFESSPA, TAIANA TRINDADE SENA - UNIFESSPA, CARLOS PODALIRIO BORGES DE ALMEIDA - UNIFESSPA, ALINE APARECIDA DE OLIVEIRA CAMPOS - UNIFESSPA, ALINE COUTINHO CAVALCANTI - UNIFESSPA, ANA CRISTINA VIANA CAMPOS - UNIFESSPA
Apresentação/Introdução A violência na adolescência é um problema de saúde pública, pois o risco de mortes por causas violentas é alto, especialmente na faixa etária de 10 a 19 anos e entre os meninos quando comparados às meninas da mesma idade. Uma das questões investigadas na Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) do ano de 2015 foi a violência entre adolescentes escolares brasileiros.
Objetivos Analisar a associação entre exposição à violência, condições socioeconômicas e hábitos e comportamentos de risco entre adolescentes escolares do estudo PeNSE no Pará.
Metodologia Estudo ecológico com a utilização de dados do PeNSE do Pará (N=3834), sendo 52,2% do sexo feminino e idade média de 14,42 (±1,23). A violência foi medida com a análise de Two-step cluster a partir das questões sobre envolvimento em brigas, agressões e tipos de lesões e ferimentos. Um modelo teórico hierárquico foi elaborado para investigar os fatores associados à exposição à violência e identificar os fatores agrupados em quatro níveis hierárquicos em direção ao desfecho: demográficos e socioeconômicos, fatores comportamentais e culturais. Regressão logística ordinal com o modelo Odds Proporcional e função Logit foram executadas no SPSS19, p≤0,05
Resultados Formaram-se três clusters de exposição à violência: alta (N=205), média (N=471) e baixa (N=392) e 2820 (73%) da amostra não foi agrupada em nenhum cluster, formando o grupo indefinido. Observou-se diferenças de sexo estaticamente significantes entre as médias de idade dos escolares nos clusters de alta exposição a violência (p=,040) e no grupo indefinido (p=0,001). No modelo final, os fatores de risco para maior exposição à violência foram ser do sexo masculino (p=0,001), cor parda (p=0,001), baixa escolaridade da mãe (p=0,001), ser fumante (p=0,001), idade que fumou a primeira vez (p=0,001), ter fumado e bebido nos últimos 30 dias (p=0,001).
Conclusões/Considerações Os resultados sugerem que os fatores comportamentais são principais fatores de risco para maior exposição a violência entre os adolescentes escolares no Pará, sendo este risco ainda mais elevado entre os meninos quando comparados as meninas de mesma idade. Os educadores e os profissionais de saúde devem estar atentos a esses comportamentos de risco uma vez que a escola é o ambiente de maior convívio social desses adolescentes.
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