29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC32h - Violências nas escolas e estratégias de saúde na família |
21937 - SAUVI: MAIOR INQUÉRITO DOMICILIAR SOBRE SAÚDE E PREVENÇÃO DE VIOLÊNCIA DO BRASIL. PAULO HENRIQUE SILVA MAIA - UFMG, ANDREA MARIA DUARTE VARGAS - UFMG, EFIGÊNIA FERREIRA E FERREIRA - UFMG, TÂNIA MARIA RESENDE AMARAL - PREFEITURA DE BETIM, VANUSE MARIA RESENDE BRAGA - UFMG, ELZA MACHADO DE MELO - UFMG, LUCIENE RODRIGUES REIS - UFMG, LUCIANA JOAQUINA DE VASCONCELLOS - UFMG
Apresentação/Introdução Trata-se de um inquérito sobre saúde e prevenção da violência realizado pelo Núcleo de Promoção da Saúde e Paz da Faculdade de Medicina da UFMG. Este inquérito buscou coletar dados que possibilitassem o estudo da violência em suas múltiplas faces, em diferentes grupos populacionais.
Objetivos Analisar a ocorrência da violência, em suas múltiplas faces, em diferentes grupos populacionais, a saber, homens, mulheres, crianças, adolescentes e idosos.
Metodologia Estudo transversal, constituído por inquérito populacional realizado através de entrevistas estruturadas. A amostra foi estratificada por conglomerados e ao final, participaram 4.726 pessoas distribuídas nos setores censitários de Betim, Belo Horizonte, Ribeirão das Neves e Sete Lagoas. A seleção dos setores censitários e dos domicílios foi realizada eletronicamente por meio do Statistical Package for Social Science (SPSS) versão 20.0 e a seleção do sujeito respondente no domicílio ocorreu segundo a metodologia de Kish, que preconiza a seleção aleatória de uma unidade amostral num domicílio. Os dados foram analisados pelo teste Qui–quadrado e submetidos à Análise de Correspondência.
Resultados As formas mais prevalentes de violência foram falta de acesso a direitos sociais (31%) seguidos pela violência verbal (22%), moral/psicológica (19%), falta de cuidados necessários (16%); física (6%), sexual (3%) e discriminação (3%). Os homens que sofreram violência não eram dependentes, mantinham o controle do seu dinheiro e possuíam cônjuge. Já nas mulheres encontrou-se um maior número de dependentes, que não tinham controle do seu dinheiro, com escolaridade >4ª série, sem cônjuge e com alto grau de sintomas depressivos. A associação considerada forte refere-se às idosas que sofreram violência e tiveram o seu dinheiro usado por outra pessoa e que são dependentes na escala de Barthel.
Conclusões/Considerações Este estudo permitiu reafirmar o perfil da vítima de violência através da análise de sua ocorrência e seus fatores associados. Os resultados apontam para a necessidade de conscientizar os profissionais de saúde no que se refere aos cuidados com as vítimas, principalmente, as dependentes. Contudo, seu enfrentamento requer ações intersetoriais, sendo competência do Estado garantir os direitos desses cidadãos e fomentar medidas protetivas.
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