Comunicações Orais Curtas

29/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC32h - Violências nas escolas e estratégias de saúde na família

21916 - AUTORIA DE VIOLÊNCIA VIRTUAL ESCOLAR: CIBERBULLYING EM FORTALEZA
LIDIA ANDRADE LOURINHO - FBUNI, KARLA JULIANNE NEGREIROS DE MATOS - UECE, CRISTIANE SALES LEITÃO - UECE, ANA CARINA STELKO PEREIRA - UECE

Apresentação/Introdução
O ciberbullying ocorre por meio de e-mail, mensagens instantâneas, salas de bate-papo e outros sistemas de mensagens digitais. Ele traz consigo desafios para profissionais de saúde, educação e formuladores de políticas. O problema é agravado pelo fato de que o agressor usa um pseudônimo dificultando sua identificação, o que encoraja os agressores.


Objetivos
Este estudo visa analisar o perfil alunos autores de violência virtual na escola.


Metodologia
Participaram um total de 143 alunos, dos quais 61,5% (88) era menininhas e 38,5% (55) eram meninos. A média de idade era de 13 (DP +- 1,5) no qual o mais novo tinha 10 anos e o mais velho tinha 17 anos. Quanto as séries, esses se distribuíam: 6º com 25,9% (37), 7º 28,7%(41), 8º 27,3(39) e 9º 18,2%(26). Instrumento: Escala de Vitimização entre Alunos (EVA) da Escala de Violência Escolar. Para a análise desse estudo utilizou-se as questões sócio demográficas e sete questões sobre violência por meios virtuais. Para a Análise fez-se cálculo de porcentagens para cada uma das questões do EVAF autoria por violência virtual.


Resultados
Quanto a autoria por ciberbullying, cerca de 10%(15) de alunos se identificaram como autores, desses a média de idade foi de 13 anos (DV 1,3), com o mais jovem com 11 e o mais velho com 16 anos. Desses, 6,3%(9) mandaram mensagens ofensivas, 2,1%(3) fizeram ameaças físicas;3,5% (5) fizeram ameaças psicológicas; 5,6%(8) espalharam vídeos ridicularizando as vítimas e 2,8% (4) fingiram que eram a vítimas para prejudica-la. Quanto ao perfil dos agressores, 60% (9) eram mulheres,40% (8) estavam no 8º ano. É essencial conhecer o perfil do agressor do ciberbullying, haja vista que muitas crianças estão relutantes em denunciar o fato de serem intimidados, mesmo para seus pais e professores.


Conclusões/Considerações
A auto identificação pelas vítimas é essencial para se compreender um fenômeno tão complexo como o ciberbullying. É essencial compreender quem são os autores, seus perfis. Novas pesquisas são essenciais para compreender suas motivações e como a família, escola e sociedade civil podem também proteger e cuidar dos autores de ciberbullying.

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