29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC32h - Violências nas escolas e estratégias de saúde na família |
21364 - PREVALÊNCIA DE VIOLÊNCIA FAMILIAR NA INFÂNCIA NA PRESENÇA E AUSÊNCIA DE VIOLÊNCIA COMUNITÁRIA. INQUÉRITO DE BASE ESCOLAR IX RA DO MUNICÍPIO DO RIO DE DANIELA PORTO FAUS - IMS/UERJ ; ME/UFRJ, CLAUDIA LEITE DE MORAES - IMS/UERJ, STELLA TAQUETTE - FCM/UERJ, LUCIANA MARIA BORGES DA MATTA SOUZA - FMC/UERJ
Apresentação/Introdução Tanto a violência familiar na infância (VFI) (abuso emocional, violência física, violência sexual, negligência emocional e negligência física) quanto e exposição a violência comunitária são problemas de Saúde Pública de difícil enfrentamento em função de suas elevadas magnitudes no Brasil e no mundo e vasta gama de consequências à saúde, não só de suas vítimas diretas, mas de toda a sociedade.
Objetivos O objetivo deste trabalho é estimar as prevalências dos diversos tipos de VFI em locais com e sem violência comunitária (VC) na IX Região Administrativa (RA) do Rio de Janeiro.
Metodologia Estudo seccional, base escolar (n=720) realizado na cidade do Rio de Janeiro. A seleção de participantes foi realizada através de amostragem complexa. Coleta de dados: de setembro de 2016 a fevereiro de 2017. As informações foram coletadas através de questionário multidimensional de autopreenchimento nas salas de aula. A VFI foi identificada utilizando-se o Childhood Trauma Questionnaire. A exposição à VC foi avaliada no nível individual e para isso perguntou-se ao adolescente se viu o corpo de alguém assassinado. Estimou-se as prevalências de cada dimensão da VFI na presença e ausência de VC. Foi utilizado o programa R versão 3.3.3 e o pacote Survey para a análise de dados.
Resultados Entre 34% (abuso emocional e negligência emocional) e 4,51% (violência sexual) dos adolescentes foram vítimas de cada tipo de violência na infância também convivem com a violência comunitária na adolescência. A negligência física na infância foi a única forma de violência na infância que ocorreu preferencialmente entre adolescentes que vivem atualmente em locais com alta incidência de violência comunitária. Mais da metade dos adolescentes relatam ter sofrido alguma violência familiar na infância mesmo não vivendo em áreas de violência comunitária.
Conclusões/Considerações Ressalta-se as altas magnitudes de coocorrência de violências familiares e violência comunitária entre os adolescentes da IX RA do Rio de Janeiro. Muito crianças no Rio de Janeiro cresceram sendo vítimas de VFI e de VC. No entanto, a VFI ocorre independente da VC.O estudo aponta para importância da vigilância da VFI nos ambientes ditos seguros.
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