28/07/2018 - 14:30 - 16:00 CO32i - Relações e espaços de violência |
26166 - FREQUÊNCIA DE VIOLÊNCIA MORAL CONTRA AS MULHERES: CONCEPÇÃO DA VIOLÊNCIA EM GESTANTES NO MUNICÍPIO DE PESQUEIRA-PE MARIA EDUARDA ALMEIDA MARÇAL - IFPE, CLÁUDIA FABIANE GOMES GONÇALVES - IFPE, CYNTHIA ROBERTA DIAS TORRES - IFPE, RAIMUNDO VALMIR DE OLIVEIRA - IFPE, CLÁUDIA DANIELE BARROS LEITE SALGUEIRO - IFPE, VALDIRENE PEREIRA DA SILVA CARVALHO - IFPE, CRISTIANE FÁBIA LINS BARBOSA - IFPE, MURILO BARBOSA DE QUEIROZ - IFPE
Apresentação/Introdução A violência com base no gênero estabelece uma importante causa de morbimortalidade de mulheres em todo o mundo com elevada frequência. No desenvolvimento da gestação sabe-se que a mulher enfrenta diversas mudanças em seu corpo e em sua dimensão psicológica, que as deixam mais sensíveis, vulneráveis ou fragilizadas. Mesmo com cujas condições as mesmas não estão imunes da Violência Moral.
Objetivos O presente estudo teve como objetivos especificar as mulheres gravidas vítimas de violência, identificar os motivos que levam à prática da violência e ter o entendimento sobre violência e os tipos mais frequentes, no município de Pesqueira-PE.
Metodologia Estudo descritivo de abordagem quantitativa, realizado numa Unidade Básica de Saúde, no município de Pesqueira/PE entre maio de 2016 e setembro de 2017. O assentamento das informações, foi efetuada durante a consulta de pré-natal, num horário pré-estabelecido com a enfermeira da unidade, por questionários semiestruturados referente a violência e dados sociodemográficos. Participaram 53 gestantes independentemente da faixa etária e idade gestacional que estivessem cadastradas no SISPRENATAL, que é um software informatizado, desenvolvido e disponibilizado pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS).
Resultados A Violência Moral afetou 58,5% das mulheres ao longo de suas vidas, porém 54,8% sucederam-se no decorrer na gestação. O percentual para a violência física foi de 38,7%, psicológica 41,5%, sexual e patrimonial 19,3%. Mesmo com uma prevalência de violência alta no grupo, 64,51% não buscaram nenhum tipo de ajuda, pois 25,85 relataram ter medo do agressor, que em 19,35% foram seus ex-companheiros, que apresentaram como agravante para tais ocorrências o Álcool (29,3), Drogas (22,58), Ciúmes (9,6), Desemprego (3,22). Algumas das entrevistadas reconheceram que sofreram mais de um tipo de violência simultaneamente.
Conclusões/Considerações Perante as circunstâncias apresentada, grande parte do grupo se sentem constrangidas ou não tem conhecimento dos serviços assistenciais oferecidos, é preciso que haja a sensibilização dessas vítimas para que haja o vínculo entre o profissional e paciente, onde seja possível oferecer uma assistência holística, juntamente com a escuta ativa, permitindo o diálogo aberto, sempre na perspectiva da identificação da violência.
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