27/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO32f - Prevenção e vigilância de violências contra idosos |
24313 - MORTES POR CAUSAS EXTERNAS NO SÉCULO XXI - CAMPINAS-SP MARIANGELA MARINI DOS SANTOS PEREIRA - EPIGEO/UNICAMP, MIRLA RANDY BRAVO FERNANDEZ - EPIGEO/UNICAMP, ANA CLAUDIA ALVES MARTINS - EPIGEO/UNICAMP, MÔNICA CAICEDO ROA - EPIGEO/UNICAMP, PEDRO HENRIQUE DE FARIA - EPIGEO/UNICAMP, JOSÉ FERDINANDO RAMOS FERREIRA - EPIGEO/UNICAMP, LÍGIA COCENAS - EPIGEO/UNICAMP, GABRIEL FILIPE DE OLIVEIRA SILVA - EPIGEO/UNICAMP, CELSO STEPHAN - EPIGEO/UNICAMP, RICARDO CARLOS CORDEIRO - EPIGEO/UNICAMP
Apresentação/Introdução Violência é o uso intencional de força física ou poder, contra si mesmo, outra pessoa, grupo ou comunidade que resulta ou possa resultar em ferimento, morte, dano psicológico, mal desenvolvimento ou privação. É um fenômeno complexo, cujas raízes se aninham nas desigualdades sociais. Neste trabalho são apresentados os óbitos por causas externas registrados em Campinas nos anos 2000 a 2015.
Objetivos Descrever o perfil das mortes por causas externas em Campinas, no período de 2000 a 2015, identificando a evolução da incidência e as variáveis sociais e demográficas da população relacionadas ao risco de morte por causas externas.
Metodologia Foram utilizados dados secundários de óbitos por causas externas no período de 2000 a 2015 do Sistema de Informações sobre Mortalidade do município de Campinas e verificou-se a proporção de mortes por grupos de causas externas (definidos, para fins de análise, como homicídios, acidentes de transporte, suicídios e outras causas), bem como a distribuição das vítimas segundo critérios sociodemográficos (sexo, faixa etária, raça/cor). Foi realizada a análise da distribuição espacial, utilizando software ArcGis 10.5. Calculou-se os Coeficientes de Mortalidade Padronizados - CMP - pelo método de ajuste direto, por idade, usando como referência o censo do IBGE de 2010.
Resultados Em Campinas, morreram 10965 por causas externas nos 16 anos estudados. Destas, 45,3% foram homicídios, 26,4% transporte, 21,7% outras causas externas e 6,6% suicídio. A maior proporção encontra-se na população masculina (80,96%), raça branca (66,9%), solteira (56,38%). A mediana de idade das vítimas foi 34,9 anos. A evolução do coeficiente de mortalidade demonstra uma diminuição da incidência de mortalidade por causas externas. O CMP de Campinas para as causas externas foi estimado em 6,22 por 10.000 habitantes, sendo em ordem de importância para os homicídios (2,85), acidentes de trânsito (1,63), outras causas externas (1,34) e suicídios (0,46).
Conclusões/Considerações As mortes violentas têm uma queda importante desde o início do período, isto pode ser atribuído à diminuição dos homicídios, fenômeno semelhante ao que aconteceu em outros municípios, principalmente a cidade de São Paulo. O cálculo do CMP permite uma análise da tendência ajustada às características da população e comparação com outras populações. É possível verificar uma distribuição espacial heterogênea entre os grupos de causas externas.
|

|