26/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO32c - Violência doméstica e sexual contra mulheres |
25443 - PREVALÊNCIA DE VIOLÊNCIA FÍSICA E SEXUAL POR PARCEIRO ÍNTIMO DURANTE A GESTAÇÃO EM MUNICÍPIO DO SUL DO BRASIL. SHEILA CRISTINA ROCHA BRISCHILIARI - UNIOESTE, ALINE SUELEN MIURA - UNIOESTE, MÔNICA COLLA - UNIOESTE, ADRIANO BRISCHILIARI - UEM, MICHELE DOS SANTOS HORTELAN - UNIOESTE, ELIANE GÓES - UNIOESTE, ANGELA ANDRÉIA FRANÇA GRAVENA - UNICESUMAR, MARCOS BENATTI ANTUNES - UEM, MARIETA FERNANDES DOS SANTOS - UNIOESTE, SANDRA MARISA PELLOSO - UEM
Apresentação/Introdução Violência contra a mulher é um problema de saúde pública. Na gestação as repercussões são ainda mais acentuadas devido aos riscos decorrentes. No Brasil, a violência doméstica começou a ser mais discutida nos últimos anos, por meio de campanhas e ações de políticas públicas. No entanto, estudos que abordem essa problemática ainda são escassos em se tratando de um país de dimensões continentais.
Objetivos Analisar a prevalência da violência psicológica, física e sexual por parceiro íntimo durante a gestação e seus fatores associados.
Metodologia Estudo quantitativo, tipo transversal, que foi desenvolvido em hospital de referência para atendimento aos partos conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS), do município de Foz do Iguaçu-PR. Participaram 415 mulheres, convidadas a responder questionário com base no World Health Organization Violence Against Womem (WHO VAW) validado no Brasil por Schraiber et al. (2010). Os dados foram tabulados em planilha Excel e apresentados em frequências absolutas e relativas. Calculou-se Razão de Prevalência (RP) considerando intervalo de confiança de 95%. Utilizou-se analise descritiva e o teste qui-quadrado por meio do programa Epi Info 3.5.1. Foi considerado significativo quando valor de p<0,05.
Resultados Predominaram mulheres com idade de 18 a 34 anos (81,2%), possui ≤ de oito anos de estudo (65,8%), se auto declaram não branca (56,1%), não possuem vínculo empregatício (60,7%). Quanto aos subtipos de violência, na violência física 25,4% antes e 5,1% % durante e na violência sexual 10,1% antes e 2,2% durante a gestação. A violência física e sexual foi verificada entre os parceiros íntimos que consumiam bebida alcoólica todos os dias; que utilizavam de cocaína como droga ilícita e entre os brigavam algumas vezes e frequentemente; que evitavam o convívio com amigos; que restringiam o contato com a família; que a ignorava; que ficava zangado e suspeitavam que a companheira fosse infiel.
Conclusões/Considerações É possível observar, que apesar das ações e políticas de saúde voltadas contra a violência da mulher, elas ainda são constantes e perduram durante a gestação. Colocam em risco não apenas a dignidade, mas ocasionam prejuízos físicos e biológicos graves tanto para mulher como para criança. Os profissionais de saúde devem se atentar-se a fim de identificar violência por parceiros íntimos entre as mulheres, principalmente durante a gestação.
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