28/07/2018 - 14:30 - 16:00 CO32h - Serviços de atenção à mulher |
24812 - EXPERIÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO INTERSETORIAL DE VIOLÊNCIA NO ACOLHIMENTO DA SALA LILÁS – INSTITUTO MÉDICO LEGAL (IML) NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO (MRJ). GABRIELLA DOS SANTOS PEDROSA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO JANEIRO, SILVANA COSTA CAETANO - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO JANEIRO, MARINA MARIA BALTAZAR DE CARVALHO - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO JANEIRO, DENISE BASTOS ARDUINI - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO JANEIRO, JAMILA FERREIRA MIRANDA DOS SANTOS - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO JANEIRO
Período de Realização Notificação intersetorial de violência SINAN NET na Sala Lilás nos anos 2016 e 2017.
Objeto da Experiência Violências notificadas na Sala Lilás em pessoas acolhidas antes da avaliação pericial do IML no MRJ.
Objetivos Apresentar o perfil das notificações de violência identificadas durante o acolhimento na Sala Lilás do IML/RJ.
Metodologia Análise descritiva da base de dados do Sistema de Informação de Agravos de notificação (SINAN) tabulados por meio do Programa Tabwin. Foram selecionadas notificações realizadas na Sala Lilás, localizada na estrutura do IML, na região central do MRJ, no ano de 2016 e 2017. Variáveis selecionadas: sexo, raça/cor, faixa etária, município de residência, tipologia da violência e perfil do provável autor da violência.
Resultados No período de 2016-2017 foram notificadas 24.947 violências no MRJ, 1.472 (5,9%) da Sala Lilás. Destes, 95,0% residem no MRJ, 88,2% do sexo feminino, 63,5% entre 10 e 39 anos, 55,8% raça/cor negra. Na tipologia da violência: 76,0% física, 56,6% psicológica e 30,8% sexual. A maioria das notificações relataram a violência de repetição (58,6%) e também a força física como meio de agressão mais utilizado (72,2%). O agressor é do sexo masculino (80,0%) e possui relação afetiva com a vítima (44,0%).
Análise Crítica A implantação da notificação na Sala Lilás/IML incrementou as informações das violências principalmente contra as mulheres que buscam a avaliação pericial vindas das Delegacias, mostrando a importância da estruturação da notificação intersetorial no MRJ. Os casos vindos da Sala Lilás apresentam maior gravidade, mostrando majoritariamente a violência contra a mulher, sobretudo as mais jovens, tendo como autor da violência o parceiro íntimo.
Conclusões e/ou Recomendações A integração de profissionais de saúde na Sala Lilás é uma experiência pioneira de acolhimento por meio da humanização do atendimento no IML e também colabora para a ampliação da notificação das violências já existente na rede de saúde municipal. O conhecimento dessas notificações promove melhor acompanhamento dos casos pelos serviços de saúde e, caso necessário, para outras parcerias da rede de proteção da mulher.
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