27/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO32e - Mortes por causas externas |
24392 - EVOLUÇÃO DO ANOS POTENCIAIS DE VIDA PERDIDOS EM CAMPINAS ENTRE 2000 E 2015 MIRLA RANDY BRAVO FERNANDEZ - UNICAMP, EHIDEÉ ISABEL GOMEZ LA ROTTA - UNICAMP, MARIANGELA MARINI DOS SANTOS PEREIRA - UNICAMP, RICARDO CARLOS CORDEIRO - UNICAMP
Apresentação/Introdução A mortalidade por causas externas é um tema que desperta grande interesse na sociedade, por sua relação com a deterioração do potencial econômico causado pelas mortes prematuras. Existe um conjunto de evidências apontando uma associação negativa entre o estrato social e a mortalidade. Esta é mais facilmente identificada quando medida por meio do indicador anos potenciais de vida perdidos (APVP).
Objetivos Descrever a tendência da mortalidade por causas externas no município de Campinas entre 2000 e 2015 mediante o indicador anos potenciais de vida perdidos, segundo faixa etária e sexo, entre os anos 2000 e 2015.
Metodologia O estudo incluiu os óbitos por causas externas entre 2000 e 2015 que atingiram residentes de Campinas. O dado foi extraído das informações de mortalidade da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas. Foram calculados anos potenciais de vida perdidos (APVP) e anos potenciais de vida perdidos padronizados (APVPP) entre 0 e 80 anos, de acordo com faixa etária e sexo. Para os cálculos de APVP e APVPP utilizaram-se algoritmos matemáticos próprios. A distribuição da população brasileira segundo faixa foi obtida consultando-se os resultados da contagem populacional do IBGE em 2010
Resultados Entre 2000 e 2015 foram registrados 10965 óbitos por causas externas entre moradores de Campinas, categorizados em quatro grupos: homicídios 45,3%, transporte 26,4%, suicídio 6,6% e outras causas externas 21,7%. O indicador APVP para todas as causas externas e ambos os sexos, com idade compreendida entre 0 e 80 anos, no período de 2000 a 2015, foi de 352,27 anos/1.000 habitantes. Entre 15 e 29 anos o APVPP foi 198,94/1.000 habitantes, o que representou um valor cerca de 2 a 5 vezes maior o das idades mais jovens. Quanto ao cálculo ano a ano, no início do período o APVPP foi de 35,27/1.000 habitantes. Em relação do sexo os homens apresentaram um APVPP de 28,60/1.000 habitantes e as mulheres 4,00/1.000 habitantes
Conclusões/Considerações Os resultados evidenciam grande diferenciais. Merece destaque a capacidade do APVP de incorporar a dimensão temporal ao fenômeno da morte, ressaltando a concentração de mortes violentas entre a população jovem. No período estudado, os APVPP da população masculina foram cerca de 7 vezes maiores que aqueles da população feminina.
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