28/07/2018 - 14:30 - 16:00 CO32g - Serviços de atenção à violência |
26849 - (RE)SIGNIFICANDO PRÁTICAS EM SAÚDE PARA O ENFRENTAMENTO DE SITUAÇÕES DE VIOLÊNCIA POR MEIO DE PROCESSOS EDUCATIVOS PERMANENTE NO MUNÍCIPIO DE SÃO PAULO JANAINA MARIA RALO - USP, FABIANA XAVIER - FMU
Período de Realização A experiência teve início no mês de setembro de 2017 e ainda está em curso.
Objeto da Experiência Educação permanente em saúde para o enfrentamento de situações de violência no contexto da atenção básica.
Objetivos Instrumentalizar profissionais de uma unidade de estratégia saúde da família (UBS/ESF) da região do extremo sul do município de São Paulo para o enfrentamento de situações de violência por meio de processos educativos permanente.
Metodologia Trata-se da estruturação de um núcleo de educação permanente composto por 6 profissionais (1 representante de cada equipe ESF) com formações técnicas diversas e outros 2 de equipe de apoio responsáveis pela coordenação. Os encontros ocorrem na UBS com periodicidade mensal com duração de 1h30 através de oficinas baseadas em metodologias ativas de ensino aprendizagem cujas temáticas são elencadas a partir das demandas surgidas no cotidiano do trabalho das equipes de saúde.
Resultados As temáticas discutidas podem ser agrupadas em eixos temáticos como: identificação de situações de risco; acolhimento; atendimento; vigilância e seguimento dos casos de pessoas em situação de violência e suas famílias. Após a estruturação do núcleo observou-se um aumento do número de notificações dos casos de violência, bem como a prioridade para discussões desses, o que pode representar a sensibilização dos profissionais de saúde para a importância do cuidado a pessoas em situação de violência.
Análise Crítica Iniciativas de educação permanente, como a do núcleo, possibilitam a formação e qualificação profissional no e para o trabalho no SUS, uma vez que assumem o papel de articulador e multiplicador das ações a serem desencadeadas para o enfrentamento de situações de violência a que os sujeitos do território vivenciam articulando-as ao debate sobre as dinâmicas sociais que engendram as violências pautada por uma postura ética em detrimento de práticas moralizantes.
Conclusões e/ou Recomendações Embora a violência venha sendo reconhecida como uma questão de saúde pública seu enfrentamento nos serviços de saúde constituem-se um desafio para os profissionais de saúde. Assim, faz-se necessário a construção e sustentação de espaços de educação permanente nos serviços de saúde, a exemplo da experiência do núcleo, importante estratégia para a consolidação da linha de cuidado para atenção integral à saúde da pessoa em situação de violência.
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