28/07/2018 - 14:30 - 16:00 CO32g - Serviços de atenção à violência |
26399 - ACOLHIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA EM SERVIÇOS DE SAÚDE: (DES)ACOLHIMENTO X CONTINUIDADE EMANUELLA DE CASTRO MARCOLINO - CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFACISA/ UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE., FRANCISCO ARNOLDO NUNES DE MIRANDA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE, RENATA CLEMENTE DOS SANTOS - CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFACISA/UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA, FRANCISCO DE SALES CLEMENTINO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE, SAULO JOSÉ SOUSA SILVA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
Apresentação/Introdução Tem-se, crianças e adolescentes em situação de violência, como um fenômeno social persistente e que revela um contexto macrossocial complexo e dinâmico. Espera-se dos profissionais da saúde que o acolhimento em serviços de saúde diante dessas situações seja eficaz; quando não, potencializa sua reprodução. Assim, acolher é ponto fulcral diante das violências com crianças e adolescentes.
Objetivos Analisar o acolhimento a crianças e adolescentes em situação de violência realizado pelo enfermeiro em serviços de saúde de referência de alta e média complexidade.
Metodologia Estudo de caso com enfoque exploratório de natureza qualitativa, desenvolvido em serviços de saúde de referência para o atendimento a crianças e adolescentes em situação de violência do município de Campina Grande (Paraíba/Brasil). Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com enfermeiros de serviços de saúde de alta e média complexidade que atendem crianças e adolescentes em situação de violência, em setores voltados a assistência infanto-juvenil. Foram inclusos enfermeiros(as) que já atuam no serviço a mais de um ano e aqueles que atenderam a algum caso de violência. As entrevistas foram gravadas e transcritas; posteriormente analisadas pela análise de conteúdo de Bardin.
Resultados Analisou-se o acolhimento a partir da postura do profissional frente o primeiro contato com os casos de violência. No setor do acolhimento, apesar de ser o ambiente de primeiro contato com a vítima, realiza-se procedimento de triagem, restringindo a relação profissional-paciente à queixa principal. Nas emergências a abordagem baseia-se na assistência clínica individual, sem observar o contexto de violência da vítima. Porém, nas enfermarias há construção de vínculo e inserção da vítima no processo de cuidado através da consulta de enfermagem. Na unidade de terapia intensiva e na observação pediátrica há um distanciamento para uma escuta qualificada, sendo esta delegada a outros profissionais.
Conclusões/Considerações Infere-se que o momento do acolhimento a crianças e adolescentes em situações de violência encontra-se fragilizado nos serviços de saúde com carência para uma escuta qualificada, com resolutividade a fim de um seguimento efetivo. Ao considerar o acolhimento decisivo para a garantia da continuidade e resolução à essas situações, recomenda-se o enfrentamento por meio da reorganização dos serviços de saúde, protocolos e qualificação profissional.
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