26/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO32a - Violência, Gênero e Sexualidade |
22178 - HOMOFOBIA E ESCOLA: PERCEPÇÃO DE ADOLESCENTES DO ENSINO MÉDIO NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO THENESSI FREITAS MATTA - UERJ, STELLA REGINA TAQUETTE - UERJ, CLAUDIA LEITE DE MORAES - UERJ, LUCIANA MARIA BORGES DA MATTA SOUZA - UERJ, SIMONI FURTADO DA COSTA - UERJ, JULIANE ESCASCELA GARCIA - UERJ, MIRIAM PÉRES DE MOURA - UERJ, MARIANA CARNEIRO SILVA - UERJ, LUCA ZINGALI MEIRA - UFRJ
Apresentação/Introdução Na adolescência usualmente ocorrem as primeiras experiências sexuais. É uma fase de curiosidade sexual e experimentação. Aqueles que se percebem diferentes do padrão heteronormativo da sociedade, via de regra, sentem inquietação e estranheza, pois, por conta da homofobia da sociedade, consideram que estão fazendo algo errado. Por vezes este preconceito pode ocasionar problemas de saúde.
Objetivos Esta pesquisa teve como objetivos principais conhecer como os adolescentes e jovens escolares percebem aqueles que têm sexualidade diversa do padrão heteronormativo e a conduta de professores e da coordenação do estabelecimento escolar frente a eles.
Metodologia Trata-se de uma pesquisa qualitativa realizada através de entrevistas em grupos focais e preenchimento de questionário autoaplicável com dados sociodemográficos e sexuais. Realizamos 13 grupos focais, sete em escolas públicas e seis em privadas, num total de 132 estudantes, 50% de cada segmento. O total de estudantes do sexo feminino foi 5% maior, de 72 moças. Cinco grupos foram compostos apenas com integrantes do sexo masculino, cinco do sexo feminino e três mistos. O critério amostral foi a saturação de conteúdos com a garantia de equilíbrio entre o número de participantes de escolas públicas e privadas e de ambos os sexos.
Resultados Encontramos estudantes mais novos nas escolas particulares e com menor frequência de atividade sexual. Relataram ter tido experiências sexuais 64,4% dos entrevistados, destes, 4,7% foi com pessoas do mesmo sexo e mais declarada pelas alunas. Os estudantes demonstraram boa aceitação à diversidade sexual, entretanto, confirmaram atitudes homofóbicas contra aqueles que se vestem ou se comportam como do outro sexo. Em relação aos educadores, existe acolhida de alguns e discriminação de outros, com reprimendas aos casais homossexuais quando estes ficam juntos afetivamente em público, o que não acontece com os casais heterossexuais. A homossexualidade não é tema presente nas escolas.
Conclusões/Considerações A homofobia é manifesta na escola, principalmente quando jovens gays e lésbicas não se comportam de acordo com o padrão de gênero binário do respectivo sexo biológico. A falta de iniciativa das escolas em discutir o tema no calendário estudantil representa perdas de oportunidade de reduzir a homofobia na sociedade. A garantia dos direitos dos não heterossexuais está implicada na redução da homofobia presente no ambiente escolar.
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