Comunicações Orais Curtas

28/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC32d - Notificação e vigilância da violência

24406 - NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA DE LESÃO AUTOPROVOCADA: O MUNICÍPIO DE FORTALEZA-CE, BRASIL, 2008 A 2017
ALINE LUIZA DE PAULO EVANGELISTA - ESP-CE, MARIA VILMA NEVES DE LIMA - PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA, MABELL KALLYNE MELO BESERRA - PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZA


Período de Realização
A experiência relatada tem recorte temporal de 01 de janeiro de 2008 a 31 de dezembro de 2017.


Objeto da Experiência
Trata-se de dados epidemiológicos de notificações compulsórias de lesão autoprovocada no município de Fortaleza-Ce, Brasil, 2008 a 2017.


Objetivos
O objetivo geral: investigar os dados epidemiológicos das notificações compulsórias de lesão autoprovocada por unidade notificadora no município de Fortaleza-Ce, Brasil, 2008 a 2017.




Metodologia
É um estudo epidemiológico descritivo com dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, analisados conforme estatística descritiva pela Célula de Vigilância Epidemiológica da Coordenadoria de Vigilância em Saúde do município de Fortaleza-Ce, Brasil. Esta é responsável pela consolidação municipal das fichas de notificação compulsória. Ressalta-se que os casos analisados foram notificados no referido município, considerando o mesmo município como local de residência da violência.


Resultados
Houve 1000 notificações em 10 anos. 42,2% dos casos do sexo masculino e 57,8% do sexo feminino. A divisão segundo faixa etária: 0-9 anos (6,2%), 10-19 anos (31,9%), 20-39 anos (44,9%), 40-59 anos (13,2%), 60-79 anos (3,1%) e 80+ (0,7%). Quanto à unidade notificadora: o maior número de notificações ocorreu em hospitais (51,3%); Unidades de Pronto Atendimento UPAS (46,1%), Unidades de Atenção Primária à Saúde (1,6%) e unidades sem cadastro (1%). Os centros de Atenção Psicossocial não notificaram.


Análise Crítica
Merecem destaque: maior número de casos em pessoas do sexo feminino e na faixa etária de 20-39 anos; os principais notificantes são hospitais e UPAS, são referência em atendimento imediato e não em prevenção; por fim, a omissão dos Centros de Atenção Psicossocial já que estes são referência em saúde mental. Tentativas de suicídio e autoagressões são subnotificadas, logo, os dados podem ter maior magnitude, sendo um problema de saúde pública porque afeta a saúde individual e coletiva das pessoas.


Conclusões e/ou Recomendações
Fortaleza está entre as cidades brasileiras mais violentas. É urgente a necessidade do município desenvolver, na perspectiva da intersetorialidade, ações efetivas de prevenção à violência, reorientando os serviços de saúde para a sensibilidade na identificação, no atendimento e na notificação dos casos. A notificação compulsória de lesão autoprovocada deve funcionar como um instrumento integrado a outras práticas de cuidado para a prevenção.

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