27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC32a - Violência contra a mulher |
28178 - VIOLÊNCIA CONTRA MULHER E SEUS PRINCIPAIS TIPOS DE MANIFESTAÇÕES CAROLINE ARAÚJO GUEDES - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA, JENIFFER SOUZA SILVA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA, VILARA MARIA MESQUITA MENDES PIRES - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA, ROBERTA LAÍSE GOMES LEITE MORAIS - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA, LUANNA RODRIGUES DE JESUS - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA, LETÍCIA SILVA DOS SANTOS - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA, JULIANA COSTA MACHADO - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA, VANDA PALMARELLA RODRIGUES - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA, LUANA RAMOS DA SILVA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA, IZABELLA GONÇALVES BORBA SOARES - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA
Apresentação/Introdução A violência é vista como uma questão de imensa complexidade na saúde pública, sendo um processo multicausal, caracterizado pelo uso de força física ou poder contra um indivíduo, ou grupo, repercutindo em sofrimento, morte, dano psicológico, lesão e privação. Em relação ao gênero, as mulheres têm maior probabilidade de sofrerem violência, levando à violação dos direitos humanos.
Objetivos O presente estudo visa identificar os tipos de manifestações de violência registrados na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) no município de Jequié, Bahia, no período entre 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2013.
Metodologia Trata-se de um estudo epidemiológico, de corte transversal e natureza descritiva, realizado na DEAM no município de Jequié, Bahia, Brasil. Tendo como base os dados dos boletins de ocorrência registrados entre o período de 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2013. Foram selecionadas as ocorrências formalizadas na DEAM, feitas por mulheres com idade igual ou superior a 18 anos que sofreram agressão. As informações foram obtidas utilizando-se um formulário elaborado pelos pesquisadores, a fim de transcrever os dados contidos nos boletins de ocorrência policial. A tabulação e análise de dados foram realizadas através do programa estatístico SPSS.
Resultados Das 619 ocorrências, 75,8% das mulheres tinha idade entre 18 a 39 anos, o agressor era em 33,8% o companheiro e em 45,1% dos casos o ex-companheiro, demonstrando que o fim do relacionamento em muitos casos não significava o fim da violência. Um percentual de 59,5% não possuía ensino médio completo e 35,9% se dedicavam apenas às atividades do lar, evidenciando que a baixa escolaridade eleva a magnitude da violência. Os tipos de violência observados nos registros foram violência psicológica (64,3%), violência moral (45,9%), violência física (38,6%), violência patrimonial (12,8%) e violência sexual (1,6%), sendo que 79,6 % das mulheres sofreram mais de um tipo de violência.
Conclusões/Considerações A violência sofrida pelas mulheres é a expressão real do poder e da força física masculina, implantados por uma visão patriarcal de desigualdades. Esses comportamentos conduzem às relações de possessão e domínio, o que resulta na propagação da mulher-violentada. Essas mulheres sujeitam-se a violência por dependerem financeiramente do seu parceiro e também pelos filhos, fazendo-as suportar danos que afetam seu bem-estar físico, mental e emocional.
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