27/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC32a - Violência contra a mulher |
26289 - CARACTERIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, SEXUAL E OUTRAS VIOLÊNCIAS EM UMA ÁREA DE PLANEJAMENTO DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
VERÔNICA SIMÕES SILVEIRA BUSCH - SMS/RJ/CAP1.0
Apresentação/Introdução
A violência é uma das múltiplas expressões da questão social, seu conceito é complexo e multicausal. O Ministério da Saúde adota o conceito de violência utilizado pela Organização Mundial de Saúde. A rede de saúde tem sido um campo privilegiado para atendimento e proteção às pessoas em situação de violência, porém muitos profissionais de saúde não se sentem seguros e qualificados para atender a essas situações.
Objetivos
Caracterizar os tipos de violência doméstica, sexual e outras violências predominantes na área de planejamento em saúde da AP 1.0, R.J, com base nas Fichas do SINAN- NET e os desafios da assistência e cuidado em saúde dessa população.
Metodologia
Foi feito um estudo descritivo exploratório retrospectivo através de levantamentos das Fichas de Notificações/ Investigação Individual do Sistema de Informação Nacional de Agravos de notificação (SINAN-NET) no ano de 2015 e foram selecionadas as seguintes variáveis da ficha de notificação: tipos de violência, ciclo de vida, provável autor da agressão e unidades de saúde notificadoras para caracterização da amostra.
Resultados
Em 2015, foram notificados 6.101 na Cidade do Rio de Janeiro, o que representa 4,96% dos casos da AP 1.0. A distribuição por ciclo de vida se assemelha a tendência da cidade, onde ocorre maior percentual na pessoa adulta 51,9%, seguido dos adolescentes (23,5%), crianças (17,7%) e idosos 7,1%, o sexo feminino continua sendo a maior vítima, representando 76,6% dos casos. O tipo de violência com maior percentual é a física (44%), psicológica/moral (20%), negligência (16%) e sexual (11%). No ciclo de vida, os casos mais notificados em crianças são negligência/abandono, física, sexual e psicológica. Os principais estabelecimentos de saúde notificadoras são pronto atendimento de urgência e emergência.
Conclusões/Considerações
Apesar dos marcos legais, os resultados encontrados demostram uma tendência a subnotificação. A decisão de notificar não se dá apenas pela orientação geral da legislação, mas também pelas peculiaridades de cada caso. A gestão local tem o papel de fomentar espaços de articulação com a rede intrasetoriais e intersetoriais para encaminhamento e acompanhamento na rede de proteção social, bem como qualificar a assistência e cuidado em saúde prestado às vítimas.
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