27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC32a - Violência contra a mulher |
25324 - A SAÚDE COLETIVA E A COMPREENSÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NO DISTRITO FEDERAL: PLANEJAMENTO EM SAÚDE PARA A GARANTIA DOS DIREITOS DAS MULHERES. CLAUDIA MARA PEDROSA - DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA DA FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - UNB, ALEXANDRE SOARES DE BARROS - NÚCLEO DE ESTUDOS EM SAÚDE PÚBLICA DO CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS MULTIDISCIPLINARES DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (NESP/CEAM/UNB), MAYARA NEPOMUCENO CORRÊA DOS SANTOS - NÚCLEO DE ESTUDOS EM SAÚDE PÚBLICA DO CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS MULTIDISCIPLINARES DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (NESP/CEAM/UNB), RIANNA CARVALHO MORAES - NÚCLEO DE ESTUDOS EM SAÚDE PÚBLICA DO CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS MULTIDISCIPLINARES DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (NESP/CEAM/UNB)
Apresentação/Introdução A violência contra mulher apresenta a saúde coletiva o desafio de planejar as Redes de Atendimentos Intersetoriais que integrem ações com o movimento social de mulheres. No planejamento desta Rede os dados epidemiológicos e sociais dos territórios são estratégicos. O presente estudo compõe uma pesquisa para avaliação das iniciativas locais de promoção dos direitos das mulheres no Distrito Federal
Objetivos O presente trabalho tem como objetivo discutir, na perspectiva do planejamento em saúde coletiva, o fenômeno da violência doméstica contra mulheres adultas, perpetrado por parceiro íntimo, no DF e no Brasil, nos anos de 2009 a 2014.
Metodologia Trata-se de um estudo descritivo, de caráter exploratório de análise de dados secundários, no qual foi utilizado o Sistema de Informação de Agravo de Notificação (SINAN) do Ministério da Saúde. As variáveis estudadas foram: natureza do ato perpetrado, raça/cor e escolaridade das mulheres, autor e local de ocorrência da violência, nos anos de 2009 a 2014 no Distrito Federal e Brasil.
Resultados O aumento do número de notificações de violência contra a mulher no DF seguiu a tendência nacional. O autor predominante da violência contra a mulher adulta foi o parceiro íntimo. Considerando os aspectos sociodemográficos das mulheres os dados de ambos os territórios seguem uma tendência similar. Em sua grande maioria as mulheres estão na faixa etária de 20 a 39 anos, com a escolaridade entre o ensino fundamental incompleto ao médio, sendo a maioria de raça parda ou branca cujo cônjuge é o principal autor, ocorrendo predominantemente em âmbito domiciliar. Ressalta-se a alta taxa de subnotificação identificada no DF, pode ser atribuída ao preenchimento errôneo da ficha de notificação.
Conclusões/Considerações O panorama da violência encontrado no DF possibilitou algumas recomendações para a garantia dos direitos das mulheres. Na Saúde é necessário a qualificação dos profissionais para atendimento e para a notificação.No que tange a efetividade da Rede de Atendimento é necessário aprofundar a análise para identificar se está fragilizada ou inexistente, pois os dados do SINAN indicam que não ocorre a circulação destas mulheres nesta rede.
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