03/11/2023 - 08:30 - 10:00 OL7 - Potencialidades e desafios das linguagens da ESCRITAS DE MEMÓRIAS, CORDEL e POESIA para pensar o cuidado como práxis decolonizadora |
47518 - REFORMA SANITÁRIA BRASILEIRA LORENA GALVÃO BARRETO DA SILVA - UPE, FERNANDA THAÍS DE LIMA LOPES - UPE, KETLY RODRIGUES BARBOSA DOS ANJOS - UPE, MARIA CECÍLIA GONÇALVES BRANDÃO - UPE
Processo de escolha do tema e de produção da obra O material desenvolvido foi produto do componente Política de Saúde da grade curricular do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva da Universidade de Pernambuco (UPE), desenvolvido em abril de 2023. Para as ilustrações, foi utilizado o aplicativo gratuito Sketchbook. A diagramação foi realizada na plataforma online Canva. Ao escolher utilizar a literatura de cordel para abordagem do tema, buscou-se estabelecer uma conexão mais próxima entre a obra e o público, tornando o conteúdo mais acessível e facilitando a compreensão dos conceitos e contextos relacionados à Reforma Sanitária. Isso contribui para uma maior identificação dos leitores com a temática e incentiva o engajamento com o assunto, promovendo um debate mais amplo e enriquecedor. Dessa forma, a produção de uma literatura com linguagem regional na abordagem da Reforma Sanitária Brasileira se justifica como uma estratégia eficaz para ampliar o alcance do conhecimento, promover a compreensão mais aprofundada do assunto e engajar diferentes públicos em um debate construtivo sobre a saúde pública no país.
Objetivos Nesse sentido, o cordel intitulado “REFORMA SANITÁRIA BRASILEIRA” tem por objetivo abordar o tema da Reforma Sanitária Brasileira de forma didática, com uma linguagem regional para estabelecer uma conexão entre a obra e o público sobre esse processo político e social tão relevante, que segue em curso.
Ano e local da produção Recife, 2023.
Análise crítica da obra relacionada à Saúde Coletiva e ao tema do congresso A Reforma Sanitária Brasileira (RSB) iniciou no ano de 1970, a partir de um conjunto de ideias que visavam mudanças estruturais na área da saúde, com o intuito de ampliar os direitos da população e melhorar as condições de vida. Os movimentos populares, sindicais, associações de usuários e trabalhadores da saúde tiveram um papel fundamental na mobilização e discussão pela redemocratização. Outros atores importantes que colaboraram com a legitimação do movimento foram o Centro Brasileiro de Estudos da Saúde (CEBES), que surgiu em 1976, e a Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (ABRASCO), criado em 1979, ambos mobilizaram esforços ao realizarem debates sobre a saúde e a defesa da democracia. Esses movimentos sociais e acontecimentos culminaram na realização da 8ª Conferência Nacional de Saúde, em 1986, que contou com a participação inédita da população, antes excluída dos processos decisórios. A Reforma Sanitária Brasileira (RSB) foi fundamental para a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo incluído como um direito da população e dever do Estado na Constituição Federal de 1988. Notoriamente, muitos avanços ocorreram desde o seu início e não é à toa que o SUS é considerado a maior política de inclusão social da história. Entretanto, é um sistema que ainda passa por etapas de desenvolvimento. Seu caráter público e universal não pode ser sobreposto por um sistema seletivo, individualista e curativo, que corresponde aos interesses do capital. Diante disso, é essencial a formação social e estímulo à consciência política para resistir a tudo aquilo que atenta contra os princípios do SUS. Apesar de sua grande relevância histórica, esse movimento ainda é pouco conhecido pela maioria dos brasileiros. Conhecer o contexto histórico que nos traz ao SUS de hoje é fundamental para compreender a importância da RSB. Assim como a 8ª Conferência Nacional de Saúde Pública foi palco para muitos pensamentos críticos, a realização de novas conferências, congressos e fóruns, como o 9º Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde, possibilita a reabertura de um espaço para debate, após os processos de retrocesso e desmonte. O evento, voltado para as questões sociais e humanas, possibilita a exposição de saberes populares, como a literatura em Cordel.
Formatos e suportes necessários referentes à apresentação O cordel pode ser apresentado através do compartilhamento de um QR code com o link de acesso ao Google Drive e através de uma apresentação de slides.
Breve biografia do autor Lorena Galvão Barreto da Silva é psicóloga, formada pela Faculdade de Ciências Humanas ESUDA, especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental pela Faculdade Frassinetti do Recife (FAFIRE), e em Saúde Mental pelo Programa de Residência Multiprofissional do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP); Fernanda Thaís de Lima Lopes é biomédica, formada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); Ketly Rodrigues Barbosa dos Anjos é enfermeira, formada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com Especialização em Infectologia pela Universidade de Pernambuco (UPE) e em Vigilância e Cuidado em Saúde no Enfrentamento da COVID-19 e de outras Doenças Virais (VIGIEPIDEMIA) pela FioCruz Mato Grosso do Sul; Maria Cecília Gonçalves Brandão é psicóloga, formada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) com Especialização em Saúde Mental pela Universidade de Pernambuco (FCM/UPE).
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