47248 - O MAR QUE HABITA EM MIM MARIANA GURBINDO FLORES - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, MARIANA OLÍVIA SANTANA DOS SANTOS - INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES, FIOCRUZ PERNAMBUCO, ANA CATARINA LEITE VERAS MEDEIROS - INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES, FIOCRUZ PERNAMBUCO, IDÊ GOMES DANTAS GURGEL - INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES, FIOCRUZ PERNAMBUCO
Processo de escolha do tema e de produção da obra O documentário, foi idealizado a partir do trabalho com a equipe de pesquisa da Fiocruz, do projeto "Desastres do Petróleo e a Saúde dos Povos das Águas" que se propõe analisar os impactos às comunidades tradicionais da pesca artesanal, atingidas pelo derramamento de petróleo e pela covid-19, e desenvolvido na dissertação de mestrado em saúde pública de Mariana Gurbindo Flores, intitulada "Vulnerabilidade socioambiental e saúde da mulher em comunidades de pesca artesanal de Cabo de Santo de Agostinho e Ipojuca, Pernambuco”.Durante o trabalho de campo de grupo focal com as mulheres das águas, percebemos a necessidade de apresentar a realidade delas a partir de outras linguagens, desde uma perspectiva mais democrática e mais acessível.
O documentário O mar que habita em mim, tem duração de quase 13 minutos e narra a história de quatro pescadoras, mulheres das águas, de comunidades tradicionais dos municípios de Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, Pernambuco, demonstrando a relação dessas mulheres com a pesca artesanal, seu processo de trabalho e saúde. A equipe foi formada exclusivamente por mulheres pesquisadoras e profissionais do audiovisual, encarregadas da captação de imagens, edição e montagem e que estruturou roteiro para aprofundamento sobre as etapas do processo de trabalho da pesca, desde a extração, produção até a comercialização dos produtos, portanto, realizou-se uma oficina, com base no diagnóstico rural participativo (DRP), para construção do fluxograma do trabalho. Logo em seguida realizou-se a vivência do trabalho que aconteceu no dia seguinte da oficina e consistiu na observação e participação do trabalho das mulheres das águas para compreender a cultura das pescadoras e identificação de costumes e manifestações culturais, da vida e do trabalho. Foram realizadas entrevistas individuais e em grupo, em lugares estratégicos como o lugar de trabalho, o cotidiano da casa e o ambiente em que vivem. Utilizou-se diário de campo, gravador e câmera fotográfica/filmadora para registro audiovisual das atividades e captar as expressões complementares do processo de trabalho.A equipe, formada exclusivamente por mulheres, contou com quatro pesquisadoras, profissionais do audiovisual (diretora, fotógrafa e captadora de áudio) e do design (designer, fotógrafa e desenhista) que definiu os percursos desde o roteiro, pré-produção, pós-produção e finalização do documentário.
Objetivos Produzir um vídeo documentando os processos de trabalho e vulnerabilidade socioambiental e a saúde das mulheres pescadoras e marisqueiras artesanais.
Demonstrar como o documentário é importante estratégia de comunicação e saúde na divulgação científica e democratização do conhecimento.
Ano e local da produção O ano de realização foi em 2022, no município de Cabo de Santo Agostinho, na praia de Gaibu e na comunidade tiriri, no estado de Pernambuco .
Análise crítica da obra relacionada à Saúde Coletiva e ao tema do congresso A construção de um documentário permite e fomenta o conhecimento para a população em geral e oportuniza a reflexão acerca do processo de trabalho da pesca artesanal realizado por essas mulheres, que contribuem para a soberania alimentar; além de visibilizar as vulnerabilidades socioambientais.Observa-se inúmeros processos de vulnerabilização em seus territórios decorrentes das indústrias do Complexo Industrial Portuário de Suape, do turismo predatório, exclusão social de raça e gênero e racismo ambiental, situações de injustiça ambiental intensificadas sindemicamente pelo desastre-crime do derramamento de petróleo ocorrido em 2019 e pela pandemia daCovid-19 iniciada em 2020, com agravamento das vulnerabilidades socioeconômicas, ambientais e de saúde. Observou-se, que esse formato de comunicação aumenta o interesse da sociedade para além do entretenimento, tanto como processo educativo/pedagógico como em processos formativos no ensino-aprendizagem, como alternativa de construção de saberes e conhecimentos. Um instrumento de comunicação para expressar denúncia, contar sobre, divulgar e comunicar diferentes problemas
Formatos e suportes necessários referentes à apresentação Video documentario (MP4), precisa material para projetar
Breve biografia do autor Eu sou, Mariana Gurbindo Flores, uruguaia, naturalizada brasileira, com Graduação em Medicina, da Escola Latinoamericana de Medicina- Havana Cuba, em 2013 vim para o brasil participar da primeira turma dos Programa Mais médicos e fiquei ate hoje. No processo fiz a revalidação do diploma pelo INEP/revalida, fiz residência Médica de Família e Comunidade, pela FIP, fiz Especialista em preceptoria de MFC ênfase em clínica, pela UFCSPA.
Fiz mestrado, com titulo de Mestre em Saúde Pública pelo Instituto de Pesquisa Aggeu Magalhães/Fiocruz/PE , com área de pesquisa sobre a saúde, ambiente e trabalho e a relação entre esse elementos.
Atualmente sou Professora efetiva do Curso de medicina, no NCV, campus Agreste/ UFPE, e integro o LASAT, Laboratório de Saúde Ambiente e Trabalho Instituto de Pesquisa Aggeu Magalhães/Fiocruz/PE.
Participo da Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares
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