46546 - MAIS MENINAS E MULHERES NA ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA/FIOCRUZ: CONSTRUINDO CAMINHOS PARA UMA CIÊNCIA EMANCIPATÓRIA BIANCA DIEILE DA SILVA - ENSP, LUCIANA DIAS DE LIMA - ENSP, ANGELA ESHER - ENSP, CAMILA ATHAYDE DE OLIVEIRA DIAS - ENSP, CAROLINE DIAS DE QUEIROZ - ENSP, CRISTIANE BATISTA ANDRADE - ENSP, GABRIELI BRANCO MARTINS - ENSP, ISABELA SOARES SANTOS - ENSP, JUSSARA RAFAEL ANGELO - ENSP, MARIA NAIR RODRIGUES SALVÁ - ENSP, MARIANA VERCESI DE ALBUQUERQUE - ENSP, PATRICIA CONSTANTINO - ENSP, THAÍSSA FERNANDA KRATOCHWILL DE OLIVEIRA - ENSP, VERA LUCIA MARQUES DA SILVA - ENSP, CRISTIANE FERNANDES - ENSP, GABRIELA PROTÁZIO - ENSP, FILIPE VARGAS - ENSP, FÁBIO FERREIRA - ENSP, VIRGÍNIA DAMAS - ENSP, TATIANE VARGAS - ENSP, ADRIANA CARVALHO - ENSP
Processo de escolha do tema e de produção da obra Mulheres e meninas desempenham papel fundamental na sociedade e sua participação deve ser estimulada e fortalecida nas diversas áreas de pesquisas científicas e tecnológicas. Em 22 de dezembro de 2015, a Assembleia das Nações Unidas instituiu o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência - 11 de fevereiro, com o propósito de promover o acesso integral e igualitário de mulheres e meninas em atividades acadêmicas. A iniciativa vai ao encontro do Objetivo 5 da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, instituída em setembro daquele ano. Entretanto, apesar dos esforços empreendidos, de acordo com a Unesco, as mulheres continuam a ser excluídas: mais de 70% dos pesquisadores do mundo são homens. As desigualdades se expressam de diversas formas, inclusive na probabilidade de estudantes se formarem com bacharelado, mestrado e doutorado em ciências. Enquanto, no sexo feminino, essa probabilidade é, respectivamente, de 18%, 8% e 2%, entre alunos do sexo masculino, ela é de 37%, 18% e 6%. Isso se deve a vários fatores, tais como a maternidade e atividades domésticas que recaem sobre as mulheres e impactam sua trajetória profissional. Vale ressaltar também o caráter excludente destas estatísticas: ao se basearem na categoria sexo, não nos permitem conhecer quantas pessoas transgêneras atuam no campo científico. De modo a ampliar a discussão deste tema e construir caminhos para a superação desta desigualdade, várias atividades foram realizadas sobre o tema na Fiocruz em 2022.
Objetivos O objetivo do vídeo foi relatar as vivências de jovens sobre a sua relação com a ciência, suas dificuldades pessoais e seus desejos e esperanças em um futuro de igualdade de direitos e inserção no mercado de trabalho. Ele foi feito durante a oficina “Mais meninas e mulheres na Escola Nacional de Saúde Pública/Fiocruz: construindo caminhos para uma ciência emancipatória” realizada entre os dias 17 e 18 de agosto de 2022. A oficina envolveu a participação de cerca de 140 meninas e mulheres com perfis diversos da Escola Nacional de Saúde Pública, da Fiocruz como um todo, de movimentos sociais e instituições parceiras. Este evento gerou uma carta de recomendações e dois vídeos. Neste, mais curto, jovens expõem sua relação com a ciência, suas dificuldades pessoais e seus desejos e esperanças em um futuro de igualdade de direitos e inserção no mercado de trabalho. Na ocasião, foi possível estabelecer diálogos sobre o significado da ciência nas diferentes trajetórias de vida, os avanços e as dificuldades que ainda persistem, além do que é necessário e possível fazer para propiciar e fortalecer a participação de mais meninas e mulheres nas ciências.
Ano e local da produção 2022, Rio de Janeiro
Análise crítica da obra relacionada à Saúde Coletiva e ao tema do congresso A pluralidade de mulheres e meninas presentes no evento e, consequentemente, nos depoimentos do vídeo, atravessadas por diferentes marcadores sociais – territoriais, etários, raciais, cis/transgêneros, de orientações sexuais, deficiências, camadas sociais, dentre outras –, apontam para a impossibilidade de se pensar a categoria mulher como uma identidade única. A combinação desses marcadores produz opressões sociais, experiências de vida e resistências distintas, sinalizando a complexidade do enfrentamento às desigualdades sociais, a importância do diálogo e da valorização da diversidade. O vídeo permite estabelecer diálogos sobre o significado das ciências nas diferentes trajetórias de vida, além de avanços e dificuldades que ainda persistem, além do que é necessário fazer para propiciar e fortalecer a participação de mais meninas e mulheres nas ciências. Esta inclusão é muito importante em áreas estratégicas para o desenvolvimento do país, principalmente no campo da saúde. Entendemos que ciências e tecnologias aplicadas à Saúde Pública/Saúde Coletiva, em que a atuação da Escola Nacional de Saúde Pública/Fiocruz se destaca, é um campo propício para essa construção.
Formatos e suportes necessários referentes à apresentação O vídeo necessita de suporte para a apresentação de audiovisual como tela e dispositivo de áudio.
Breve biografia do autor Bacharel em Química pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2000) e Mestre em Engenharia Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (2003). Tem experiência na área de Engenharia Sanitária, com ênfase em Processos de Tratamento de Águas de Abastecimento Humano. Doutoranda em Planejamento Urbano e Regional pela UFRJ. Atualmente é pesquisadora em Saúde Pública no Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental da Fundação Oswaldo Cruz. Desenvolve estudos relacionados com a questão de acesso à água, indicadores de qualidade de água e do serviço de abastecimento e gestão de saneamento básico.
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