01/11/2023 - 13:10 - 14:40 CO30.1 - Promoção da saúde e convivência comunitária |
46966 - ISOPORZINHO DA PREVENÇÃO - ESTRATÉGIAS DE REDUÇÃO DE DANOS E DIREITOS HUMANOS KASSIA FONSECA RAPELLA - ATIVISTA, ALUISIO GOMES DA SILVA JUNIOR - UFF, PHILLIPE ROCHA SILVA - ATIVISTA
Contextualização O cenário de atuação desde 2018 é o município de São Gonçalo, pertencente à região metropolitana do Rio de Janeiro, um município densamente povoado, que mais registrou homicídios em 2018 em todo o Estado e que liderou o número de prisões em 2018. São Gonçalo registrou aumento em vários índices de violência durante os cinco primeiros meses de intervenção federal na área de Segurança Pública segundo o Observatório da Intervenção (CESEC), sendo a intervenção uma ação pertencente à lógica atual da política de drogas que contribui para a manutenção do racismo estrutural e genocídio da juventude negra.
São Gonçalo foi o pior município em investimento na saúde pública em toda região metropolitana durante 2017. Em São Gonçalo 24, 47% da população é jovem, sendo mais da metade parda ou negra (57,2%) e segundo a Coordenação de IST/AIDS do Município o maior índice de infecção pelo vírus se concentra na juventude, na faixa etária de 15 a 29 anos.
Descrição Como uma das estratégias de resistência ao conservadorismo e retrocesso nos direitos sociais, o município conta com rodas culturais e intervenções urbanas organizadas por jovens de forma autônoma onde são pautados os direitos humanos, com o debate interseccional que envolve a população LGBTI+, mulheres, negros e jovens através das batalhas de poesia e outras configurações. O projeto se articula com batalhas de poesia (SLAM) e rodas culturais já em curso, que são organizadas por jovens que vivenciam a problemática da guerra às drogas e do ataque aos direitos da juventude cotidianamente em seus territórios.
O projeto atua com estratégias de Redução de Danos, inspirado na Prevenção Combinada, uma estratégia do Ministério da Saúde que visa responder a necessidades específicas de determinados segmentos populacionais e de determinadas formas de transmissão do HIV. O projeto se configura com uma intervenção mais ampla, que pretende ofertar práticas de cuidado em saúde mental, álcool e outras drogas, além de saúde sexual em contextos culturais de rua, seja na forma de distribuição de insumos, no formato de rodas de conversa e reuniões abertas de organização de intervenções culturais, onde se valorizava o espaço de convivência comunitária como espaços de Educação Popular em Saúde, cuidado e afeto nas rodas culturais e SLAMs.
Período de Realização De 2018 até o presente momento
Objetivos Geral: construir um cuidado integral em saúde mental, álcool e outras drogas e saúde sexual voltado às juventudes periféricas a partir da sabedoria popular e convivência comunitária
Específicos:
- apresentar insumos
- ofertar insumos
- criar material digital
- fortalecer vínculos comunitários de cuidado
- fortalecer espaços de participação social
Resultados - aumento do uso de insumos de barreira como preservativo e gel
- redução de estigma
- acolhimento mais humanizado e afetivo nas rodas para resolução de problemas
- intervenções estruturais nas batalhas propondo conteúdos educativos em saúde e direitos humanos
- chegada de mais mulheres e pessoas LGBTI+ nas rodas culturais, espaços muito ocupados por homens héteros cis.
- prevenção de violência
- Prevenção de ISTs
Aprendizados Todos os dias entendendo o quanto a Rua sabe
Metodologia de usuário semente
Metodologias a(fe)tivas
Análise Crítica Sempre tivemos como missão o respeito pra chegar. Nunca propor técnicas e modelos a priori, intervenções são construídas com a comunidade
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